O amortecedor é um dos elementos mais importantes da suspensão na tarefa de absorver impactos e irregularidades, mas não o único. Um carro com bons amortecedores, mas que tenha molas ou buchas (elementos de borracha) danificados ou em mau estado, não terá bom comportamento nessas condições.
Além do estado, a carga do amortecedor -- determinada pelo fabricante ou pelo preparador do veículo -- é outro fator relevante. Recentemente uma conhecida revista publicou que o Corvette Z06 havia ficado mais macio por causa de amortecedores de maior carga... Ora, maior carga significa que os amortecedores estão mais firmes do que antes, portanto menos confortáveis.
Engano freqüente é considerar o amortecedor responsável pela rigidez da suspensão em curvas, ou seja, um amortecedor mais duro traria ganho proporcional em estabilidade. Não é bem assim, pois a tarefa de controlar a inclinação da carroceria em curvas é das molas, auxiliadas ou não por barras estabilizadoras (que muitos modelos possuem em ambos os eixos, outros em um só, e alguns não possuem). Aos amortecedores cabe "frear" os movimentos que as molas permitem: se eles não existissem, o balanço decorrente da passagem sobre uma irregularidade não cessaria, prejudicando o controle.
Os amortecedores mais comuns são os apenas hidráulicos e os pressurizados, que são como os hidráulicos mas com a adição de um gás ao óleo interno. O gás visa a evitar o fenômeno da cavitação, a formação de bolhas que prejudica a fluidez do óleo, comum em situações de maior exigência -- como o tráfego prolongado por pisos irregulares. É nessa situação que os pressurizados apresentam maior vantagem, mas eles também adicionam ligeira carga às molas, tornando o carro mais firme em curvas.
Fonte:Best Cars Web Site